quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Os jovens Baumann
“Os jovens Baumann”, de Bruna Carvalho Almeida (2018)
Esse é um típico caso de filme que quando acende a luz no final da projeção, eu fico com uma cara que não sei dizer o que acabei de ver, e parafraseando Glória Pires, não tenho opinião formada sobre isso. Resolvo ler algumas críticas escritas por jornalistas ao filme, e fico mais chocado ainda, deixando claro o imenso abismo que existe entre mim e os filmes que vejo é a opinião dos profissionais. Só posso pensar na seguinte questão: “Será que vimos o mesmo filme???”
“ Os jovens Baumann” é vendido como um mockmentary, um falso documentário Found footage onde fitas Vhs são encontradas de uma gravação realizada em 1992, em
Plena Era Collor, em uma fazenda dos fazendeiros mais ricos e poderosos do município de Santa Rita do Oeste, Sul de Minas. Oito primos, herdeiros da família, se divertem uma vez por ano na fazenda, nadando no lago, fazendo fogueiras, falando bobagens típicas de pós adolescentes que ainda não sabem o que fazer de suas vidas abastadas. Nos dias de hoje, uma narradora comenta que ela desde criança foi vizinha dessa família, e ela era de família proletária. Ela acabou herdando as fitas Vhs, a pedido dela quando a fazenda foi finalmente vendida. Ao ver as fitas, ela descobre que não existe solução para o desaparecimento dos jovens.
O meu grande erro foi tentar ver no filme um
Produto de gênero suspense, típico dos Found footage como “ A bruxa de Blair”. Não existe a mínima possibilidade de se fazer qualquer comparação. Aqui não há um micro segundo de suspense, tensão, nada. São só os familiares jogando o maior papo naturalista fora. Nada que é dito é valioso.
A única forma de eu poder entender o filme, se é que foi essa a proposta, é de enxergar uma metáfora e simbologia dos ricos x proletários e de como esses herdeiros cheios da grana “ sumiram” metaforicamente porque perderam tudo durante o Plano Collor. Muita gente se matou, muita gente se afundou em dívidas. Quero acreditar que foi esse o filme que assisti.
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