quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Chucuarotes
"Chicuarotes", de Gael García Bernal (2019)
O Ator mexicano Gael García Bernal dispensa apresentações: o mundo inteiro o conhece de filmes de Almodovar, Inarritu, Babenco e tantos outros Cineastas consagrados.
Como Cineasta, 'Chicuarotes" é o seu segundo longa, exibido em importantes Festivais, como Cannes, Shanghai e San Sebastian. É inegável que as obras que ele filmou como ator tiveram influência nas suas colhas como realizador: seus filmes falam em conflitos sociais e econômicos, e de que forma influenciam a população da periferia.
Chicuarotes é o nome dado aos moradores de San Gregorio Atlapulco, bairro na região de Xochimilco, periferia da grande Cidade do México. Ali moram milicianos, vagabundos, favelados, desempregados. Nesse ambiente de extrema pobreza, moram os amigos adolescentes Cagalera (Benny Emmanuel) e El Moloteco (Gabriel Carbajal), que tentam ganhar a vida se apresentando em ônibus como Palhaços. Revoltados com o povo que não lhes dá trocado, resolvem assaltar os passageiros. O sonho de Cagalera é ter dinheiro o suficiente para fugir da cidade com a sua namorada Sugahelli. Em casa, o ambiente é o pior possível: sua mãe vive apanhando do seu pai, um miliciano bêbado. A irmã não tem ambições na vida e eu irmão é um gay enrustido. Após uma tentativa frustrada de assalto a uma loja, Cagalera faz seu ultimato: sequestra o filho do açougueiro da cidade. Mas o açougueiro bota todos os milicianos em busca do filho.
Com roteiro escrito por , "Chucuarotes" exagera em todas as suas doses, concentrando em um único filme praticamente todas as mazelas do mundo. São tantas as sub-tramas e personagens que mal dá para desenvolver uma que é muito importante, a do irmão gay enrustido. Fica tudo meio jogado pro alto, um carrossel de lugares comuns já apresentados em filmes com o italiano "La ciambra", os brasileiros "Pixote" e "Cidade de Deus", o mexicano "Os esquecidos" e tantos outros exemplares.
De excelente, o ótimo trabalho do elenco, em especial a de Dolores Heredia, que interpreta a mãe de Cagalera, e a trilha sonora pop vintage.
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