segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Luz

"Luz", de Tilman Singer (2018) Premiado em vários Festivais internacionais, 'Luz" é um filme de terror independente alemão, escrito e dirigido pelo cineasta Tilman Singer. Quando estudava na Faculdade de cinema, Tilman realizou um curta metragem, mais tarde adaptado para esse longa, "Luz". Pegando carona na onda dos anos 80, o filme se passa na época, com direito a pagers, trilha sonora de sintetizadores e foi todo rodado em película, conferindo uma imagem muito bem-vinda, repleta de grãos. Não é fácil acompanhar o filme: ritmo extremamente lento, e uma narrativa hermética, onde o espectador vai tentar entender o que está acontecendo na tela. O filme vai e volta no tempo, de forma lúdica e quase surreal. Para quem busca um filme de terror assustador, esse filme não é uma pedida. Sem cenas de gore, o filme apela para um suspense fantástico, lembrando um pouco o universo de Dario Argento. Luz é uma taxista em Berlin, de origem chilena. O filme se passa todo durante uma noite chuvosa. Luz entra na delegacia de polícia quase deserta. Ela está machucada. Ela diz que sofreu um acidente no seu táxi, e veio pedir ajuda. A detetive Bertillon e o técnico de som e tradutor Olarte tentam ajudá-la, mas ela está catatônica. Os policias chamam o Dr Olarte, um psiquiatra para fazer um tratamento de hipnose em Luz e tentar entender o que aconteceu cm ela. O Dr Olarte nesse momento está em um bar próximo, e acaba conhecendo Nora, uma mulher estranha que diz ao doutro que era a passageira de Luz no táxi. Nora está possuída por um demônio e o transfere ao Dr. Ao chegar na delegacia, o Dr quer repassar o demônio para Luz. Esse filme certamente é um dos mais bizarros que já assisti na vida. Não sei dizer se gostei ou não, mais provável que eu não tenha gostado. Com uma aura pretensiosa ao extremo, o filme tenta passar uma seriedade e uma atmosfera de encantamento para cinéfilos, que ao meu ver, são subterfúgios para esconder o fraco roteiro e o baixo orçamento. Vale a curiosidade, mas como passatempo, é um projeto muito falho. Faltou investir em tensão e violência, e quem sabe, um desfecho mais surpreendente. O filme foi exibido no Festival de Berlin 2018.

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