domingo, 15 de setembro de 2019
O Bem Aventurado
"O Bem aventurado", de Tulio Viaro (2018)
Livre adaptação do conto russo "A conversão do Diabo", de Leonid Andreyev, "O Bem aventurado" é um filme escrito e dirigido pelo cineasta curitibano Tulio Viaro. O filme apresenta 3 técnicas de animação: bonecos de espuma em tamanho natural, manipulados por atores; teatro de sombras e marionete com fios.
O filme se passa em uma pequena cidade de um interior. Com poucos moradores, a cidade possui uma pequena igreja, comandada por um padre idoso e muito ranzinza. Um dia, um dos poucos fiéis que ainda restam na Igreja vem procurar pelo Padre pedindo ajuda. Para a surpresa do Padre, o fiel é um enviado do Inferno: um demônio. No entanto, esse Demônio não quer mais praticar o Mal, e pede ajuda para o Padre. Relutante no início, o Padre concorda em ajudar o demônio. O Padre escreve um livro com todas as boas ações que o demônio deverá fazer, mas tudo da errado.
Com vozes e manipulação dos bonecos pelos atores Duda Paiva, André de Campos Mello, Abmael Henrique, "O Bem aventurado" tem 2 problemas: 1) não se define a qual público o filme se destina, infantil ou adulto. Complexo e arrastado para as crianças, infantil e ingênuo para os adultos. Outro problema é a longa duração, 1:45 hora. Como o ritmo do filme é lento, tem se a impressão de que o filme tem mais tempo de duração. Uma questão técnica me incomodou: já no final, os atores que manipulam os bonecos surgem em cena, e isso me quebrou totalmente o encanto lúdico que os n me proporcionavam.
Ressalto no entanto a excelência da execução dos bonecos, do teatro de sombras e as marionetes, confirmando o grande talento desses artistas brasileiros. As vozes dublando os bonecos são incríveis e divertidas.
A história em si é uma delícia, lembrando bastante a atmosfera de filmes como "O Auto da compadecida", sem o mesmo humor, mas com o mesmo talento nas áreas técnicas.
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