sábado, 29 de abril de 2017

Lazy eye

"Lazy eye", de Tim Kirkman (2016) Hoje em dia todo Cineasta independente que quer fazer um filme barato, quer dar uma de Richard Linklater quando botam personagens discutindo relação. O problema é que são poucos, mas muito poucos, que tem a capacidade de escrever diálogos que sustentem o filme inteiro, sem cair na verborragia monótona. Tim Kirkman escreveu e dirigiu um drama sobre uma verdadeira lavação de roupa suja entre um ex-casal de amantes gays. Dean (Lucas Near-Verbrugghe) e Alex (Aaron Costa Ganis) se conheceram há 15 anos atrás em Nova York. Eles formavam um jovem casal feliz, até que Alex simplesmente desapareceu. Passados os 15 anos, Dean mora em Los Angeles, e trabalha como graphic designer. Ele recebe um email de Alex, e ao mesmo tempo que fica irritado, sente um impulso em querer encontrá-lo. O problema é que Dean está casado. Mesmo assim, ele resolve passar um final de semana com Alex, e ai, revelações de um passado são postos `a prova, regados a muito sexo e um lindo visual no deserto do Mojave. De baixo orçamento e poucas locações, “Lazy eyes” poderia ter sido um ótimo curta sobre a possibilidade de reconexão, mas como longo, o mote não se sustenta. O filme é arrastado, longo, os personagens não são cativantes e fica difícil acompanhar a trajetória de uma relação totalmente sem carisma. Pior: quando o filme avança em flashbacks de 15 anos atrás, quando supostamente os personagens teriam por volta de 20 e tantos anos, o Diretor resolveu colocar os mesmos atores. E’ gritante a idade desconectada entre Ator e personagem, ficou horrível. Vale pela bela fotografia e planos bonitos do sexo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário