segunda-feira, 20 de abril de 2015
O dançarino do deserto
"O dançarino do deserto", de Richard Raymond (2014)
Filme de estréia do cineasta inglês Richard Raymond, se baseia na história real do dançarino iraniano Afshin Ghaffarian, que em 2009, pediu asilo político na França.
No filme "118 dias", o personagem de Gael Garcia Bernal, que também se baseou em história real, é um jornalista iraniano que mora no Canadá e volta para Terrã para cobrir as eleições presidenciais em 2009. O povo queria votar no candidato da oposição, mas o governo fraudou as eleições e o candidato do governo venceu. Atividades foram proibidas, principalmente as relacionadas com cultura. A juventude iraniana ficou calada e quando protestavam, eram presos.
Em "O dançarino do deserto" o clima de insatisfação política é a mesma, pois acontece no mesmo período de "118 dias". Afshin desde criança sonha em seu dançarino. Adulto, ele se junta a outros alunos de dança e tem como sonho formar uma escola de dança. A eles, se junta a misteriosa Elaleh (Freida Pinto), que tem um passado trágico e também precisa da dança para exorcizar seu fantasma. Ela e Afshin se apaixonam, mas ele descobre que ela é viciada em heroína. O grupo decide se apresentar no deserto, que está fora do controle do regime, mas mesmo assim, podem sofrer riscos.
O filme tem muito em comum com o filme "O último dançarino de Mao", que fala sobre um dançarino do Governo comunista chinês que pede asilo nos Estados Unidos. Amos os filmes usam a metáfora da dança como libertação política e dos medos e frustrações.
O filme é burocrático, convencional, e nem podia se esperar muito dele. Tudo é feito em cima de clichê, e o que acaba se sobressaindo é a bela fotografia, de Carlos Catalan. O elenco está correto,a cena da dança no deserto é bonita.
Mas o que de fato me incomodou, que é exatamente o que acontece em "118 dias": difícil ver um filme ambientado no Irã todo falado em inglês. Incomoda e não me d
a credibilidade. Ainda mais um filme que filma em Marrocos como se fosse Teerã.
Nota: 6
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