quinta-feira, 30 de abril de 2015

Entre abelhas

"Entre abelhas", de Ian Sbf. Em 2004, um filme independente de um diretor genial se transformou no cult de toda uma geração e transformou um ator famoso pelas comédias escrachadas em um ator dramático e finalmente de talento reconhecido pelos críticos. O filme?:" Brilho eterno de uma mente sem lembranças", de Michel Gondry. Na história, o personagem de Jim Carrey sofre depressão após a sua separação e enfrenta um grande desafio: apagar a sua memória relacionada ao convívio da amada. O filme se faz valer de cenas surreais e de realismo fantástico para que a narrativa consiga ser contada. Em " Entre abelhas", o comediante Fabio Porchat investe em uma porção mais dramática e sofre de depressão após a separação. Resultado: as pessoas passam a sumir de sua vida. Amigos, desconhecidos... O maior trunfo do roteiro é não querer explicar o inexplicável. Surto?Esquizofrenia? Nem o terapeuta consegue resolver. A porção comédia sai de Porchat e entra em outros personagens, como o amigo Marcos Veras ou a mãe Irene Ravache. Pessoalmente, não gosto da porção comédia do filme e adoraria ter visto um filme melancólico. Mas entendo que comercialmente o filme precisa vencer. É um filme tecnicamente muito competente, bonito, e o mais curioso e inovador, usar as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro como se fossem ruas residenciais . O melhor mesmo, de tudo? A brilhante trilha sonora, que evoca acordes do gênio Michael Nyman. Ah, sim, a fotografia de Alexandre RAmos que ajuda a narrar essa história fabulesca de forma sensorial: a gente sente na pele o peso da tristeza através das cores que o filme emana. Um filme diferente da atual safra de filmes por querer ter algo a mais: Inteligência.

Um comentário:

  1. Gracias Hsu por criticar la musica que compuse para el film!!
    Gracias Bernardo Pimenta editor del film junto a Ian SBF por enviármela!!!

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