segunda-feira, 7 de março de 2011

O retrato de Dorian Gray


" The portrait of Dorian Gray", de Oliver Parker (2009)

Suspense baseado na obra homônima de Oscar Wilde.

O filme é ambientado em Londres Vitoriana, Sex XIX. Dorian Gray (Ben Barnes) é um jovem que retorna a sua mansão onde passou a sua infância. Seu pai morreu, e ele toma conta da mansão. A sua beleza e jovialidade impressionam a todos, que ficam embevecidos. Basil (Ben Chaplin) , um pintor renomado, resolve fazer uma pintura retratando Dorian, o que se tornará a sua obra-prima. O Lorde Henry (Collin Firth) , amigo de Basil, encanta Dorian com o seu prazer pela vida mundana. Ele estimula Dorian a frequentar puteiros, bares e a seduzir e amar quantas mulheres possível. E isso somente enquanto durar a beleza e jovialidade de Dorian. Encantado e seduzido pelos ensinamentos de Henry, Dorian se frustra, esperando a velhice eminente. Porém, ao ver o seu auto-retrato pintado por Basil, ele faz um pacto: a pintura envelhecerá, e ele fisicamente permanecerá belo e jovial. Passam-se os anos, e Dorian permanece jovem, e seduzindo a todos. Mas o seu segredo jamais deverá ser descoberto, e Dorian precisa eliminar todos que o descobrem.
Dito assim, parece que a obra de Oscar Wilde é um filme de terror. Mas não é. oscar escreveu essa fábula para fazer uma crítica a sociedade aristocrática. Cutucar o falso moralismo, o puritanismo vigente.
Porém, o diretor Oliver Parker resolveu levar ao pé da letra, e transformou o filme em uma obra de suspense gótica. Apostou em efeitos especiais e clima de tensão para seduzir o espectador. Mas faltou charme e sensibilidade. As cenas beiram o trash e o ridículo. O Desfecho então é risível. Uma pena, pois o elenco tenta conferir credibilidade ao projeto. Colin Firth está correto, como se espera dele. Ben Barnes, que fez o Príncipe Caspian em " Crônicas de Nárnia", ainda é imaturo para um personagem tão complexo, apesar de emprestar beleza que Dorian necessita. Rebecca Hall, interpretando a filha de henry, aparece pouco, e seu personagem é pouco desenvolvido.
Melhor ficar com a versão de 1945, com George Sanders. O filme não tem a sensualidade que a obra exige, nem toca no assunto do homossexualismo ( Basil sentia atração física por Dorian, um ponto positivo que a versão de Oliver Parker respeita), mas pelo menos o transforma em um drama sobre a imortalidade, sem grande arroubos de tecnologia.

Nota: 6

2 comentários:

  1. Assisti esse file e achei razoável também.
    Também tenho um blog sobre cinema.
    http://umanoem365filmes.blogspot.com/
    Depois dá uma sacada.
    vou te seguir, OK?

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  2. Assisti esse filme mês passado, e me decepcionou demais... estou pra escrever sobre ele no meu blog, depois da uma olhada lá também! www.cinemacomcultura.com
    Parabéns pelos textos!

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