"Illégal", de Olivier Masset-Depasse (2010)
Drama belga sobre imigração ilegal. Tania é uma russa que mora ilegalmente na Bélgica com o seu pequeno filho Ivan. Ela recebe uma carta intimação, dizendo que deve abandonar o País. Para evitar a deportação, Tania queima suas digitais com ferro, e vive na marginalidade. Passam-se os anos, e no dia da comemoração do aniversário de seu filho, agora com 13 anos, Tania é presa por fiscais da imigração. Ela é enviada até um centro de detenção de imigrantes ilegais. Lá, ela se recusa a dizer o seu nome e descendência, e se torna uma presidiária sem nome. Ela trava amizades com outros presos, e mantém estreita relação de identificação com uma das carcereiras, que encontra nesse emprego a única forma de sobreviver mantendo seus filhos. Tania evita ser deportada para fora do país, e ao mesmo tempo, evita que seu filho vá trabalhar para um mafioso russo local.
Bom drama, com tintas realistas, com muito uso de câmera na mão e fotografia em tons frios. O filme procura fazer um registro do cotidiano de Tania no cárcere e sua relação com outros presos, se tornando em certo ponto um filme de presídio, abusando de certos clichês ( os policiais maniqueistas, malvados).
A performance de Anne Coesens é tocante. Esposa do cineasta, ela defende com garra o seu personagem, variando nas emoções, ora de felicidade, ora de sofrimento extremo. O diretor espertamente evita o melodrama no filme, tratando-o mais como um filme hiper-realista.
Participou do Festival de Cannes, na Mostra quinzena dos realizadores, em 2010.
Nota: 7
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