domingo, 27 de março de 2011

Feliz que minha mãe esteja viva


" Je suis heureux que ma mére soit vivante", de Claude e Nathan Miller (2009)

Drama familiar dirigido por Claude Miller ( " Um segredo em família" ) e seu filho Nathan.
Narra a história de Julie, uma jovem mãe solteira, que não consegue administrar sua vida pessoal coma profissional. Ela acaba abandonando os 2 filhos pequenos, Thomas e Patrick, a ums instituição de adoção. Lá, os dois são adotados por um casal. os anos se passam, e Thomas mostra-se um garoto rebelde e inconformado com a sua situação de adotivo. Rechaçado pelos colegas de turma, ele carrega esse trauma na vida, diferente de Patrick, que aceita os novos pais. Thomas resolve então sair em busca de sua mãe biológica. Após peregrinação na assitência social, ele acaba obtendo o endereço de Julie. Nesse reencontro amargo, contas devem ser pagas, terminando em um desfecho trágico.
O filme se baseia em uma história policial ocorrida na França. A narrativa se divide em 3 tempos distintos. Mostra Julie antes do abandono dos filhos e a adoção do casal. Depois, mostra Thomas aos 12 anos e depois aos 20 anos. Os 3 atores que interpretam Thomas são excelentes, com destaque óbvio para Vincent Rottiers, que o interpreta aos 20 anos. O elenco adulto também funciona a contento. Porém, a escolha da atriz Sophie Cattani é certeira na 1a fase, mas com o passar dos anos, ela permaneceu com a mesma fisionomia, o que me incomodou bastante. Quando colocada lado a lado com Vincent, parecem irmãos. deveriam ter trocado a atriz. O roteiro é lidado de forma fria por Claude Miller, talvez para demonstrar o desamor dos personagens. Porém, a antipatia do protagonista o impede de ter qualquer tipo de empatia por parte do espectador. Vincente Rottiers faz milagres para administrar o seu complexo personagem, e o desfecho é brutal. A estrutura da história apresentada se assemelha a um melodrama, mas a mão certeira de Miller trata com realismo esse filme que provoca apatia pela sua frieza.
Infelizmente não me emocionei com o filme, e pior, a última parte do filme me causou certo distanciamento. O desenrolar da trajetória de Thomas, mesmo baseada em fatos reais, foi cruel.
Melhor ficar com " O filho", dos irmãos Dardenne, um brilhante filme que trata do mesmo tema d da rejeição e do perdão.

Nota: 6



Nenhum comentário:

Postar um comentário