"Mr Harrigan's phone", de John Lee Hancock. Diretor do oscarizado "Um sonho possível", que deu o Oscar a Sandra Bullock, e de 'Saving Mr Banks", uma biografia de Walt Disney com Tom Hanks e Emma Thompson, retorna agora com a adaptação de um conto escrito por Stephen king, "Mr Harrigan's phone". que faz parte da antologia 'If it bleeds", lançada em 2020. O filme é uma crítica ao uso do celular, e traz um drama com pitadas de sobrenatural que mais parece um "coming of age" do jovem Craig (Jaeden Martell, o Bill de "It, a coisa"). Em 2003, aos 10 anos de idade, Bill perdeu sua mãe e mora com seu pai. De família de classe média baixa, Bill é escolhido pelo milionário e sisudo Sr Harrigan (Donald Sutherland), morador de uma mansão, a ler livros para ele. Ao pesquisar na internet sobre o milionário, Bill descobre que muitas pessoas que trabalharam para ele se suicidaram, provavelmente pela forma amarga que ele lida com as pessoas e negócios. O tempo passa, e já adolescente e prestes a entrar na faculdade, Bill (Jaeden Martell) continua a ler para o Sr Harrigan. Um dia, Bill decide dar um celular para ele e lhe ensina a usar o aparelho e os aplicativos. Passa-se o tempo e Sr Harrigan morre. No velório, Bill coloca como lembrança o celular de Sr Harrison no bolso dele. Solitário, Bill vai mandando mensagens para ele, mesmo sabendo que está morto. Na escola, Bill tem problemas com um fortão e é amparado pela professora. Quando apanha do fortão, Bill deseja a sua morte, e escreve isso, desabafando nas mensagens de texto para Harrigan. Para sua surpresa, Bill descobre que o rapaz morreu. Outro incidente acontece e novamente Bill escreve para Harrigan desejando a morte da pessoa que provocou uma tragédia.
O filme caminha mais para o drama do que para o horror. Talvez por ter um protagonismo de um ator adolescente, o diretor John Lee Hancock amaciou as cenas de violência, sem mostrar nada. Faltou suspense faltou terror. Ficou mais um drama com pitadas de leve suspense. Pode ser visto como uma metáfora sobre as dificuldades de comunicação entre as gerações. No final das contas, vale pelo embate entre Sutherland e Martell, bons em cena.
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