"Descascado", de André Borelli. Filmes independentes brasileiros como "Descascado", escrito, produzido, editado, colorizado....por André Borelli não deveriam passar por crivo crítico, uma vez que só o fato de terem levantado um projeto, contratado equipe e elenco já é por si só um ato hercúleo e bem-vindo. O que me chama atenção é que provavelmente o orçamento gasto para se comprar os direitos de uso de imagem de "Tempos modernos", de Chaplin, talvez tenha custado mais do que todo o filme em si, que é a cara de projeto realizado durante a pandemia da covid: 2 atores, 2 locações. Um filme que se apropria do suspense psicológico para falar de claustrofobia, ansiedade, ciúme doentio, psicopatia e violência, solidão e rotina na grande cidade, tudo captado com preto e branco e cores. Um filme de fetiches, sobre fetiches, que teria melhor resultado se fosse um curta-metragem, e não um longa de quase 100 minutos.
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