quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Ivan


 "Ivan", de Dani Manzini (2020)

Drama experimental brasileiro vencedor de 6 prêmios no Fetsival Guarnicê 2021, entre eles, melhor filme juri popular, ator, atriz coadjuvante e fotografia ( esplêndida, de Rafael Giacondino). Gilda Nomacce, espetacular no filme e fazendo homenagem à clássica cena de Isabelle Adjani em "Possessão", acabou não levando o prêmio de atriz, infelizmente. O filme tem uma narrativa complexa e totalmente autoral, com referência à filmografia de Bela Taar e Tarkovsky: longos planos, estilizados, bem enquadradados e buscando a grandiosidade da natureza perante o destino dos homens. A sinopse: Brasil, em 1976, Armando (Carlos Ramírez), um migrante latino-americano e Sonja (Gilda Nomacce) vivem uma relação à beira do caos. Sonja mergulha em uma espiral de insanidade, na ânsia de compreender os processos da gestação de seu filho Ivan (Giovanni de Lorenzi). Enquanto isso, Armando tenta sobreviver às fraturas disfuncionais que o cercam e o obrigam a ressignificar a palavra “loucura”. O ator colombiano Carlos Camirez interpreta o marido de Sonja (Nomacce). Ele um contador de escritório, ela grávida de Ivan. O menino, agora com 17 anos, nasceu com deformidade óssea do crânio, usando um saco na cabeça, tipo a do menino no terror espanhol "O orfanato". Por conta das condições do filho, que é obrigado a viver isolado pelos pais, a relação do casal vai e tornando cada vez mais próxima à destruição familiar e criando lapsos de loucura na mãe e reflexões existencialistas na figura paterna. Não é um filme fácil de e acompanhar, restrito certamente à cinéfilos raiz pelo eu hermetismo. Mas a fotografia torna tudo um grande deslumbre visual, e quem for no cinema querendo buscar uma obra provocativa, reflexiva e com um visual esplendoroso, não pode deixar de ver o filme


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