"Broken keys", de Jimmy Keyrouz (2020)
Concorrendo no Festival de Cannes em 2020, e indicado ao Oscar de filme estrangeiro pelo Líbano em 2021, “Broken keys” é inspirado em uma incrível história real. O cineasta libanês Jimmy Kryrouz já havia adaptado essa história com muito sucesso no curta “Nocturne in black”, de 2016. Agora expandido para a sua versão em longa-metragem, o filme é ambientado na Síria durante a invasão de extremistas islamitas que proíbem, entre outras coisas, de civis escutarem música. Em Sekka, o jovem pianista Karim (Tarek Yaacoub) divide um prédio bombardeado com sua prima Maya (Sara Abi Kanaan), estudante de direito, e muitos outros vizinhos de diversas idades e profissões, alguns dos quais pertencem a uma resistência subterrânea que se opõe ao grupo islâmico. Tarek planeja pagar um contrabandista para levá-lo à Europa, onde espera realizar seu sonho de se apresentar com uma orquestra. A única coisa de valor que resta a Tarek é o piano, que pertenceu a sua mãe, e poderia financiar sua fuga se ele encontrasse um comprador. Mas um informante da vizinhança conta ao extremistas sobre o piano. O líder, um conhecido de infância de Karim, Abdallah (Julian Farhat), segue até o esconderijo e destrói o piano, além de bater em Tarek. Mas ele resiste, e decide consertar o piano a tempo de poder viajar para a Europa. O filme traz elemento que certamente farão a plateia torcer pelos mocinho. Os vilões são muito maus, e o filme os retrata da pior forma possível. O mocinhos são apaixonantes, e o roteiro ainda traz elementos melodramáticos à história, como um resistente idoso que ajuda Tarek, além de um menino que simboliza a esperança. Um filme comovente, rodado com bom atores e uma história que sensibilizará corações.
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