sábado, 8 de junho de 2019

Pássaros de verão

"Pájaros de verano", de Cristina Gallego e Ciro Guerra (2018) Em 2016, o cineasta Colombiano Ciro Guerra ficou mundialmente famoso ao ter o excelente "O abraço da serpente" como um dos finalistas para o Oscar de filme estrangeiro. Agora, dirigindo junto de sua esposa, Cristina Gallego, Ciro Guerra conta a história do surgimento do tráfico na Colômbia dos anos 60 a 80 através da saga de 2 famílias indígenas, uma delas, os wayúus, um povo indígena que vive da região de Guajira. Rapayet saiu de sua aldeia wayuú e foi mora na cidade de Medellin. Quando resolve retornar, quer pedir a mão de Zaida em casamento, mas a mãe dela, Ursula, exige que Rapayet siga os preceitos e tradições da cultura de sua tribo. pois alega que Rapayet passou muito tempo fora e perdeu a ancestralidade. Necessitado de dinheiro, Rapayet conta com a ajuda do amigo Moisés, um alijuna ( que não é indígena). Moisés diz que o País está sendo visitado por americanos hippies que querem consumir maconha. Os dois amigos resolvem ir buscar maconha com uma família que planta maconha. A partir daí, Rapayet torna-se fornecedor de maconha para os americanos. Ursula pressente que algo de ruim irá acontecer com a família, mas ela mesma decide entrar no tráfico. Com excelente direção e um roteiro que lembra a ascenção e derrocada da família Corleone de "O Poderoso Chefão", "Pássaros de verão" é um curioso estudo antropológico que reveste uma trama mafiosa de sangue e violência, onde traições são pagas com sangue . O elenco mistura atores profissionais e amadores, com grande acerto, como já haviam feito no filme anterior. É um filme violento, e que ganhou diversos prêmios em importantes Festivais.

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