domingo, 23 de junho de 2019

Casal improvável

"Long shot", de Jonathan Levine. Dirigido por Jonathan Levine, realizador dos excelentes "Meu namorado é um zumbi"e "50%", esse último um drama explorando o talento dramático de Seth Rogen, "Casal improvável"é uma excelente comédia romântica que explora a maravilhosa química entre o verdadeiramente improvável casal Charlize Theron e Seth Rogen. Revisitando as comédias malucas do casal Kathleen Hepburn e Spencer Tracy, que nas telas viviam um casal que se amava e se odiava, e a escatologia maravilhosa de filmes cults dos anos 90, como "Quem vai ficar com Mary", o filme diverte e faz refletir sobre o mundo político que se abate em todos os países. "Quem escolhemos para governar os desejos do povo? Será que realmente governam para o povo?" Diante dessas questões, surgem Fred (Rigen), um jornalista desbocado que defende as suas teses sem abaixar a cabeça para ninguém, e Charlotte (Theron), secretária do Governo e que está para lançar a sua campanha para Presidente dos Estados Unidos. O caminho de ambos se cruza quando Fred é demitido de sua editora, e Charlotte anda procurando um redator para os seus discursos. O caminho de ambos se cruza durante uma festa e Fred se recorda que Charlotte foi a sua babá quando ele tinha 13 anos de idade. Ela o contrata e ambos se dão bem, mas contra o casal, o próprio Presidente e seu amigo, um empresário corrupto, que desejam vender terras para desmatamento. O filme é longo para uma comédia, 125 minutos, mas são tantas as cenas divertidas e verdadeiramente engraçadas que a gente até releva a extensão do roteiro. Os personagens coadjuvantes, como a secretária e o hindu que trabalham para Charlotte, e o melhor amigo de Fred, roubam as cenas onde aparecem. O filme discute machismo, racismo, diversidade, feminismo e vários outros tópicos atuais que é quase impossível alguém não se identificar com o que é dito ali. Mas o brilho do filme é mesmo de Chariize e Seth Rogen, grandes comediantes, em cenas antológicas, como a dancinha ao som de "It must have been love", de Roxette.

Nenhum comentário:

Postar um comentário