quinta-feira, 27 de junho de 2019
A espiã vermelha
"Red Joan", de Trevor Nunn (2018)
Baseado na história real da Espiã inglesa Melita Norwood (1912-2005), que trabalhou para os russos durante os anos 40 e 50, enviando informações ultra-secretas sobre a fabricação da bomba atômica. Melita foi descoberta pelo governo inglês em 1992. Judi Dench e Sophie Cookson interpretam Joan Stanley, alter ego de Melita. A época fi atualizada para o ano 2000, quando ela foi presa pelo governo inglês. O filme passa então a mostrar em flashbacks o envolvimento de Joan com os comunistas , através de uma colega de faculdade, que a apresenta a Leo, um alemão erradicado a Inglaterra, por quem Joan se apaixona. Ele a apresenta a filmes, reuniões e ideais comunistas, e Joan acaba se tornando simpatizante. Ela também se apaixona por William Mitchell, um inglês que trabalha para o Ministério da mineração, fornecendo mineral para confecção de bombas. Estudante de Física, Joan acaba se aproveitando dessa sua aproximação com Willian para roubar segredos para Leo.
Mais do que um filme de espiões, "A espiã vermelha" é um filme de amor, daqueles exacerbados pelos quais a protagonista entrega a alma pelo amor de sua vida. Mas as atrizes defendem bem a sua personagem, com clara evidência de fortalecimento do feminismo em uma época comandada por homens. O filme é muito didático, correto, mas não chega a arrebatar em momento algum. Parece aquelas produções televisivas da BBC. Vale e com certeza, por Judi Dench, que mesmo aparecendo pouco, sempre traz dignidade para as suas performances.
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