quinta-feira, 20 de junho de 2019
As fábulas negras
"As fábulas negras", de Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins (2015)
Antologia de Terror, baseada em lendas do folclore brasileiro. O Cineasta capixaba Rodrigo Aragão, realizador de "Mata negra", coordenou esse filme e convocou mais 3 diretores, entre eles, Zé do Caixão, para darem sua visão de lendas como Saci, Lobisomem e Iara.
Para costurar as 5 histórias, temos 4 meninos fantasiados de super heróís, que ficam narrando histórias de terror para um deles, que é totalmente descrente da veracidade das lendas.
Rodrigo Aragão dirige o primeiro e o último episódios:
"O monstro do esgoto"e "A lenda da Iara". No primeiro, um prefeito corrupto é morto pelo monstro do esgoto, que atava todos aqueles que são favoráveis à burocracia e a corrupção; em "A lenda da Iara", uma mulher se une ao demônio para matar o marido traidor e a amante dele.
Zé do Caixão dirige "O Saci": um casal é avisado por um Pai de Santo para não atravessar a mata e zoar o Saci. Desobedecendo a ordem do homem, o casal sofre as consequências.
"Pampa feroz", dirigido por Petter Baiestorf, conta a história de um Coronel que quer matar um lobisomem que ameaça suas terras.
"A loira do banheiro". de Joel Caetano, conta a famosa lenda urbana da loira que foi morta em um banheiro de um colégio e que agora se vinga das pessoas.
O episódio da "Loira do banheiro" é disparado o melhor de todos, não que isso seja um grande mérito. O filme como um todo só funciona para o espectador se ele souber de antemão que o filme é trash, uma homenagem ao Cinema de terror B e sem dinheiro, como Zé do Caixão fazia em seus filmes. Aqui, o que vale é o quanto pior , melhor: Atores ruins e exagerados, maquiagem tosca, efeitos de quinta, enfim, para quem estiver nessa vibe, vai se divertir bastante, assim como eu. É o famoso terror baixo orçamento tupiniquim, que visto com amigos se torna uma grande diversão.
Os episódios são irregulares, mas o mais divertido em termos de trash é "O Monstro do esgoto". Esse merece um troféu pela insanidade que ele é como uma obra de resistência, de querer fazer um cinema a qualquer custo.
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