domingo, 24 de junho de 2018

Tungstênio

"Tungstênio", de Heitor Dhalia (2018) Adaptação cinematográfica da premiada Graphic novel de Marcello Quintanlha, e dirigida pelo mesmo cineasta de "O cheio do ralo", "À deriva" e "Serra pelada". Tungstênio é um dos metais que compõe material para o explosivo, e o filme começa exatamente com a imagem de dois pescadores jogando explosivo no mar, matando peixes clandestinamente. Esse incidente é o início para o encontro inesperado e visceral entre personagens que habitam Salvador: O ex-militar conservador Ney ( Zé Dumont), o jovem traficante Caju ( Wesley Guimarães), o policial corrupto Richard ( Fabricio Boliveira) e sua esposa Keira ( Samira Carvalho Bento). Um dia de calor, com todos os personagens à flor da pele, a um ponto da explosão, entre violência, traições e ódio. Dito assim, parece sinopse de 2 filmes clássicos: "Faça a coisa certa", de Spike Lee, e "Pulp fiction", de Tarantino. e muito dos elementos desses filmes estão presentes na narrativa: a montagem que vai e volta no tempo, entrecruzando as histórias; a câmera angulada e inquieta, nervosa. A violência prestes a explodir a qualquer momento. O elenco é a grande força e ponto de interesse do filme: todos, sem exceção, estão excelente. Por eles, vale ir correndo assistir ao filme e se deleitar com performances arrebatadoras. Duas coisas me incomodaram: a narração em off de Millen Cortaz, redundante, e a câmera contra-plongé excessiva.

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