sexta-feira, 22 de junho de 2018

Safari

"Safari", de Ulrch Seild (2018) Eu sou um grande fà dos Filmes do austríaco Ulrich Seild, dono de uma linguagem absolutamente cruel, mostrando o ser humano em situações patéticas e degradantes, algo como o cinema de Michael Haneke ou do mexicano Michel Franco, de "Depois de Lucia". Seidl dirigiu a excelente trilogia "Paraíso"e também o documentário fetiche "No porão". Agora em "Safari", ele parte de um tema muito óbvio: quem são as verdadeiras bestas? O Homem ou o animal? Milionários austríacos viajem para a Africa a fim de fazerem parte de um Safari onde a diversão é matar animais. Cada um tem o seu preço. Uma vez pagando, é só matar. Nas entrevistas homens e mulheres justificam seus atos. Entre uma e outra morte, vemos animais sendo desmembrados, em cenas bem cruéis. Outro ponto interessante do filme é observar o contraste entre os brancos "civilizados" e os negros africanos mostrados de forma servil e aborígene, como se fossem de uma civilização atrasada. A colonização pelo visto, se mantém na Africa. Não é o melhor filme de Ulrich Seidl, mas para quem não conhece sua obra, é uma boa forma de passar a descobrir a sua linguagem.

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