sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Dois Rémi, Dois

"Deux Rémi, Deux", de Pierre Léon (2015) A lenda do doppelganger, termo que vem de uma lenda germânica sobre uma criatura que consegue se transformar em cópia idêntica de outra, ganha novamente uma adaptação cinematográfica. Livremente inspirado em "O duplo", de Dostoiévsky, " Dois Rémi, Dois" vem se juntar a filmes como " O duplo", " O homem duplicado", " A dupla vida de Veronique" e tantos outros que se utilizam do pretexto de um sósia subitamente surgir e bagunçar a vida de uma pessoa. O tema pode ser tratado como drama, comedia, ficção cientifica, fábula. O cineasta Pierre Léon preferiu trabalhar com um humor mais próximo ao de Jacques Tati: silencioso, de planos gerais. Remi ( Pascal Cervo, divertido nessa dupla performance) é um homem de 30 anos que leva uma vida simples: mora com seu irmão, trabalha em uma loja que vende produtos para gatos e namora a filha do patrão. Ele é tímido e sofre com isso. Um dia, surge um sósia seu, mais interessante, pró-ativo, seguro de sei. O sósia interfere na vida pessoal e familiar de Rémi, sem que as pessoas notem qualquer estranheza por estarem diante de 2 pessoas idênticas na sua frente. Curto, com pouco mais de 1 hora, "Dois Rémi, dois" é um filme curioso, feito para cinéfilos. Ele tem poucos atrativos para quem vai assistir um filme como passatempo. Cerebral, lento, com muitas arestas em aberto, o filme prefere deixar o espectador livre para pensar o que quiser. Um pequeno aperitivo para apreciadores de filmes franceses cults.

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