domingo, 24 de dezembro de 2017

Bom dia, trsiteza

"Bonjour, tristesse", de Otto Preminger (1957) Clássico do Cinema, "Bom dia, tristeza" foi dirigido por Otto Preminger, um Cineasta austríaco radicado nos Estados Unidos e que dirigiu várias obras-primas, entre elas "Laura", " Anatomia de um crime" e "Carmen Jones". Essa adaptação do best seller de Françoise Sagan, que escreveu quando tinha 18 anos, é considerado um filme menor dentro de sua filmografia, o que é uma injustiça. O filme é dotado de uma beleza cênica impressionante: a fotografia em Technicolor, os figurinos de Givenchy, as locações em Paris e Cote D'azur, e a marcação em cena dos atores, em planos elegantes e brilhantemente enquadrados. O livro foi um escândalo na época do seu lançamento: fala do tédio dos burgueses, a frivolidade das pessoas ricas e o que mais chocou a todos: o desejo incestuoso da jovem Cecile, de 17 anos, por seu pai, o viúvo Raymond. A história se passa em 2 épocas: em 1958, dias atuais, em preto e branco, e 1 ano atrás, em Technicolor. Pelo ponto de vista e narração de Cecile, vamos descobrindo aos poucos o que aconteceu há um ano atrás e que foi determinante para a transformação dos personagens. Cecile ( Jean Seberg, deslumbrante) é a filha rebelde e inquieta de Raymond (David Niven). Durante o verão na Riviera, eles passam dias de prazer e diversão na luxuosa mansão deles. Raymond está acompanhado da jovem amante Elsa ( Mylène Demongeot, hilária). Todos vivem uma vida de futilidade. Um dia, eles recebem a visita de Anne (Deborah Kerr), famosa estilista. De comportamento mais aristocrata e tradicional, Raymond acaba se apaixonando por ele e ambos passam a manter uma relação. Anne age como uma mãe protetora de Cecile, que passa a odiá-la e fará de tudo para destruir o namoro. Um parágrafo sobre Jean Seberg: li um pouco sobre ela e fiquei chocado com o seu fim trágico. Seberg somente teve 2 sucessos: "Bom dia, tristeza" e "Acossado", de Godard. Ele a viu no filme de Preminger e não teve dúvidas de convidá-la para dividir a tela com Jean Paul Belmondo. ela virou ícone do movimento da Nouvelle Vague. Seberg teve uma carreira seguinte de filmes medianos, e acabou morrendo de overdose, Seu corpo foi encontrado dentro de seu carro, estacionado a poucos metros de sua casa, em Paris. Morreu aos 40 anos de idade. Foi Preminger quem a descobriu, durante teste de elenco para seu filme "Joana D' arc", selecionada entre 8 mil candidatas. A cantora francesa Juliete Greco canta a música tema do filme em um cabaret. E' um filme alegre e mágico na sua forma, mas melancólico e trágico na sua essência. Bela pedida para amantes de clássicos. Os créditos inicias composto por Saul Bass ( o mesmo de "Um corpo que cai" e "Anatomia de um crime") é maravilhoso!

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