Aqui comento os filmes que assisto...mas sem muito saco de teorizar demais..somente comentando o básico: se gostei ou não hehehe (Comento apenas filmes vistos a partir de Outubro de 2010)
domingo, 24 de dezembro de 2017
Bom dia, trsiteza
"Bonjour, tristesse", de Otto Preminger (1957)
Clássico do Cinema, "Bom dia, tristeza" foi dirigido por Otto Preminger, um Cineasta austríaco radicado nos Estados Unidos e que dirigiu várias obras-primas, entre elas "Laura", " Anatomia de um crime" e "Carmen Jones". Essa adaptação do best seller de Françoise Sagan, que escreveu quando tinha 18 anos, é considerado um filme menor dentro de sua filmografia, o que é uma injustiça. O filme é dotado de uma beleza cênica impressionante: a fotografia em Technicolor, os figurinos de Givenchy, as locações em Paris e Cote D'azur, e a marcação em cena dos atores, em planos elegantes e brilhantemente enquadrados.
O livro foi um escândalo na época do seu lançamento: fala do tédio dos burgueses, a frivolidade das pessoas ricas e o que mais chocou a todos: o desejo incestuoso da jovem Cecile, de 17 anos, por seu pai, o viúvo Raymond.
A história se passa em 2 épocas: em 1958, dias atuais, em preto e branco, e 1 ano atrás, em Technicolor. Pelo ponto de vista e narração de Cecile, vamos descobrindo aos poucos o que aconteceu há um ano atrás e que foi determinante para a transformação dos personagens. Cecile ( Jean Seberg, deslumbrante) é a filha rebelde e inquieta de Raymond (David Niven). Durante o verão na Riviera, eles passam dias de prazer e diversão na luxuosa mansão deles. Raymond está acompanhado da jovem amante Elsa ( Mylène Demongeot, hilária). Todos vivem uma vida de futilidade. Um dia, eles recebem a visita de Anne (Deborah Kerr), famosa estilista. De comportamento mais aristocrata e tradicional, Raymond acaba se apaixonando por ele e ambos passam a manter uma relação. Anne age como uma mãe protetora de Cecile, que passa a odiá-la e fará de tudo para destruir o namoro.
Um parágrafo sobre Jean Seberg: li um pouco sobre ela e fiquei chocado com o seu fim trágico. Seberg somente teve 2 sucessos: "Bom dia, tristeza" e "Acossado", de Godard. Ele a viu no filme de Preminger e não teve dúvidas de convidá-la para dividir a tela com Jean Paul Belmondo. ela virou ícone do movimento da Nouvelle Vague. Seberg teve uma carreira seguinte de filmes medianos, e acabou morrendo de overdose, Seu corpo foi encontrado dentro de seu carro, estacionado a poucos metros de sua casa, em Paris. Morreu aos 40 anos de idade. Foi Preminger quem a descobriu, durante teste de elenco para seu filme "Joana D' arc", selecionada entre 8 mil candidatas.
A cantora francesa Juliete Greco canta a música tema do filme em um cabaret. E' um filme alegre e mágico na sua forma, mas melancólico e trágico na sua essência. Bela pedida para amantes de clássicos.
Os créditos inicias composto por Saul Bass ( o mesmo de "Um corpo que cai" e "Anatomia de um crime") é maravilhoso!
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