quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A escritura sagrada

"The secret scripture", de Jim Sheridan (2016) O cineasta irlandês Jim Sheridan foi bastante aclamado nos anos 90 pelos filmes "Meu pé esquerdo" e "Em nome do pai". De lá para cá, sua carreira seguiu irregular. Em 2016, ele dirigiu uma adaptação de um best seller, "A escritura sagrada", e a crítica toda caiu de pau. Ao ver o filme, dá para entender o porque: o roteiro parece ter sido extraído de um livro de Barbara Cartland. Ou seja, repleto de reviravoltas mirabolantes na história romântica entre 2 pessoas que se amam mas que são separadas por um padre bastante malvado, que é ´apaixonado pela jovem. Tudo isso acontece na Irlanda de 1942, durante a 2a Guerra. Eu achei o filme bom, ainda mais que chorei dez litros no final. O filme é um melodrama exacerbado, que tenta emocionar o espectador de qualquer forma, para um desfecho óbvio, mas que a gente torce para acontecer como previsto. Nos anos 80, um psiquiatra, Dr Greene ( Eric Bana) é chamado para diagnosticar uma senhora de quase 100 anos, Rose (Vanessa Redgrave). O prédio será demolido e os pacientes transferidos, mas Rose se recusa a sair dali, pois diz que seu ex-marido virá buscá-la. Daí, somos transferidos para um flashback de 1942, quando ficamos sabendo da história de Rose ( agora, Rooney Mara). Uma jovem disputada pelo amor de um soldado britânico, Michael ( Jack Reynor) e de um padre, ( Theo James). Rose acaba sendo forcada a se internar em uma clinica psiquiátrica, a mando do Padre, que por vingança, a acusa de ser ninfomaníaca e que deve ser tratada com choques elétricos. Rose também é acusada de ter matado seu bebe recém nascido. O filme nem parece ter sido dirigido pelo mesmo Jim Sheridan dos filmes citados. Tudo aqui é over, caricato. Os personagens, óbvios. O Desfecho, por mais que eu goste e tenha chorado, é completamente absurda e jogada na cara do espectador sem sutileza alguma. O que de fato va;e a pena, é acompanhar o talento de um time de peso: Vanessa Redgrave e Rooney Mara, que salvam o filme de um desastre maior, pois dão credibilidade `a personagem que interpretam.

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