domingo, 12 de março de 2017
Pais
“Foraeldre”, de Christian Tafdrup (2016)
Exibido no Festival de Tribeca em competição, “Pais” é uma fábula melancólica sobre envelhecer e desapegar, dois temas que geralmente provocam convulsões de lagrimas nos espectadores. No entanto, o Diretor e roteirista dinamarquês Christian Tafdrup evitou inteligentemente o elemento piegas em seu filme. Vibeke e Sandra são um casal feliz na faixa dos 55 anos. Esben é o filho único. Um dia, Esben cria independência e sai de casa. Quando vão visitá-lo, os pais estranham a indiferença do garoto. Aos poucos, entendem que o desapego faz parte da vida, mas Sandra sofre demais essa ausência do filho e deprime. Vibeke descobre que o apartamento que o casal morava quando tinham 20 anos está `a venda, e resolvem comprá-lo para morar lá. Conscientemente, eles decoram o lugar como na época onde moravam ali, quando jovens. Um dia, quando acordam, o casal descobre que voltaram a ser os jovens de 20 anos. Mas o mundo continua ao mesmo. Esben estranha de inicio, mas logo se acostuma. Para a infelicidade de Vibeke, Esben e Sandra se apaixonam.
Lidando com o realismo fantástico e o perigoso tema do incesto, Christian Tafdrup se escora no talento extraordinário da dupla de atores Miri Ann Beuschel e , respectivamente pai e mãe. Dando vida a difíceis personagens, os atores conferem dignidade ao filme. O filme apesar da fantasia, é tratado como um drama realista. E’ triste, comovente. Vale a pena assistir.
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