domingo, 13 de outubro de 2013
Salvo, uma história de amor e máfia
"Salvo", de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza (2013)
. Magistral estréia em longa da dupla de cineastas italianos, que debutaram no cinema com o belo curta "Rita". O curioso é que eles pegaram emprestado a personagem e a sua condição de cega e a trouxeram a "Salvo". O filme narra a história de Salvo Mancuso, assassino profissional, que ao matar um homem em uma casa, descobre que a irmã dele, a quem ele também deveria matar, é cega. Ela no entanto, volta a enxergar com o trauma de descobrir que o irmão foi morto. Sem explicação, ele a leva até um local deserto, e cuida dela, apesar de Rita odiá-lo. Os mafiosos estão no encalço dela, e Salvo fará de tudo para protegê-la. É impossível imaginar que os cineastas não tenham se influenciado por "Drive" e pela atuação de Ryan Gosling. O ator Saleh Bakri ( de "A banda"e "A fonte das mulheres") é uma versão escarrada de Ryan Gosling na atuação: silencioso, metódico, observador e muito violento. O filme tem poucos diálogos e vai num ritmo bem lento. Bakri e Sara Serraiocco, no papel de Rita, estão excelentes. Os primeiros 20 minutos do filme são uma aula de construção de clima e atmosfera, Cinema puro. O filme tem uma pegada bem próxima ao faroeste, na figura do homem misterioso e no visual de planos gerais que vez ou outra surgem na tela, principalmente no bloco final, onde há o acerto de contas. O filme fez um puta sucesso na Mostra Semana dos realizadores de Cannes 2013. Imperdível. Nota: 9
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