sexta-feira, 25 de outubro de 2013
O conselheiro do crime
"The counselour", de Ridley Scott (2013)
Crime e castigo. Essa é a mensagem do filme. Uma realidade nua e crua, onde a lei que impera é a do poder do dinheiro. Não existem conexões sentimentais. não existe escapatória. Uma vez dentro, jamais conseguirá escapar. Como um bom filme de James Bond, "O conselheiro do crime" percorre elegantemente vários países: Armsterdã, Londres, Estados Unidos. Coube ao México o lado negro do mundo: sujo, feio, mega-violento, e onde decapitações acontecem na mesma proporção de tomar um cafezinho num bar da esquina. O roteiro de Cormac McCarthy ( de "Onde os fracos não tem vez") constrói brilhantemente os personagens. O filme começa lento, com ótimas tiradas de humor, e surpreendentemente, vai ganhando contornos de um trhiller psicólogico, onde não existe fuga. O personagem de Michael Fassbender lembra bastante o de Josh Brolin em "Onde os fracos nao tem vez". Não dá pra confiar em ninguém. O filme narra a história de um advogado, a quem todos chamam de "Counselor", que é apaixonado por sua esposa, Laura (Penelope Cruz). Através de conexão com 2 traficantes metidos a bon-vivants, Reiner (Javier Barden) e Wrestley (Brad Pitt), o advogado se envolve com o tráfico, com a intenção de ganhar dinheiro facil. Para fechar esse grupo, tem Malkina (Cameron Diaz), uma femme fatale namorada de Reiner. Mas o roubo de um carregamento de drogas faz todo o sonho do advogado ir por água abaixo, e a partir dái, ele é procurado pelo cartel. Tenso e violento, esse filme ganha contornos de hiper-realismo através da violencia e da cor saturada escura do fotógrafo Dariusz Wolski, que fez a luz de "Piratas do Caribe", "Prometheus", "Alice"e outros filmes de Tim Burton. A trilha sonora eclética e saturada de hip-hops também dá um clima urbano e decadente ao filme. Ridley Scott dirige como ninguém, e algumas cenas são antológicas: a de Cameron Diaz transando com uma Ferrari, e Brad Pitt nas ruas de Londres. Aliás, impossível falar do filme sem comentar o brilhantismo de todas as mega-estrelas no filme. estão todos ótimo. Isso é o que se espera de astros de Hollywood, surpreender os espectadores. Fassbender está foda, e Cameron Diaz revive seus grandes momentos de glória ( a cena da confissão é sensacional). Só não dou nota 10 porquê o filme tem umas sobrinhas, uma sub-tramas desnecessárias e que alongam demais o filme ( por ex, a mãe presidiária). Nota: 8
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