segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Halley
"Halley", de Sebastian Hofmann. Qual o propósito desse filme? Até agora fiquei na dúvida. Fazer um filme de arte sobre um morto-vivo que perambula entre os vivos e vai se decompondo ao longo do filme, parecia ser um argumento bem curioso. Mas faltou investir mais na fantasia. A gente não entende de onde vem Bento, porquê ele se encontra nesse estado de decomposição. Só consegui ver como uma metáfora sobre a solidão humana. Fosse um filme que tivesse esse tema , seria muito mais interessante. A cena de Bento e Luly, sua paixão, no apartamento dela, é muito linda e tocante. Eu queria ter visto um filme sobre a História de Bento, mas como uma pessoa normal, não um morto. Obviamente que o filme remete direto a "A mosca", de Cronemberg, pela maquiagem grotesca e desagradável de decomposição do corpo. O filme tem um ritmo extremamente lento, e confesso, me provocou sono o tempo todo da projeção. Fica a curiosidade e o prazer de ver um epílogo belíssimo , nas águas geladas da Antartida. O nome "Halley" é por conta da explicação que Luly dá a Bento em seu apartamento, dizendo da importância do cometa Halley em sua vida quando criança.
Nota: 5
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