domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma vida simples

"A simple life / Tao jie", de Ann Hui (2011)
Que golpe baixo esse filme: chorei rios de lágrimas. Um drama extraordinário, que venceu o prêmio de melhor atriz para Deanie Ip em Veneza 2011. Deanie interpreta Ah Tao, uma senhora de 70 anos, que por mais de 4 gerações cuidou da família de Roger, um produtor de cinema. Seus pais foram assassinados na invasão japonesa, e desde então, ela cuidou de toda a família. Nos últimos anos, ela de dedicou a cuidar de Roger ( Andy Lau) em Hong Kong, uma vez que todo o restante da família se mudou pros Estados Unidos. Sempre dedicada , um dia ela sofre derrame, e os papéis se invertem: Roger toma conta dela, que logo depois, ele toma consciencia de que ela fora sempre sua 2a mãe. O filme se baseia na história real do produtor Roger Lee, que resolveu contar a história humana dessa mulher simples, que encontra a felicidade nas pequenas coisas. O filme é parente próximo de "Amor", filme de Michael Haneke. Acompanhamos todo o processo de degeneração física e mental da personagem, porém sem a mesma crueza do filme francês. Aqui, os personagens são bons, amam a si e aos próximos. O filme é recheado de pequenas participações brilhantes: desde o grupo de amigos de Roger, até os velhinhos do asilo. Sim, o filme é triste, mas é uma tristeza bonita, que deixa o legado de que as pessoas morrem mas deixam frutos. Não é a toa que o nome dado a Ah Tao é sister peach, apelido carinhoso que a família deu a ela. Dá ódio saber que a distribuição de filmes no Brasil não encontra espaço para esse filme emocionante, vencedor de vários premios internacionais. Sorte dos diretores que conseguem encontrar os atores perfeitos para dar vida a seus personagens: Deanie Ip e Andy Lau estão antológicos. Se o filme tivesse 15 minutos a menos, ganharia nota 10. Nota: 9

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