sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Django livre
"Django unchained", de Quentin Tarantino (2012)
Fazendo aqui a sua referência mais explícita ao cinema de Sergio Leone, Tarantino brinda o espectador com quase 3 horas de muita adrenalina, sangue e mise en scene formidáveis, isso sem contar com todo o elenco em seu total esplendor, irretocáveis. Aliás, a impressão que eu tenho, é que todo o mundo deve se divertir pra cacete no set de filmagem, tal a profusão de cenas bizarras e hilárias, do mais fino humor negro, e claro, diálogos inspiradíssimos. Dr Kurtz ( Christopher Waltz) é um caçador de recompensas, que compra o passe de Django ( Jamie Foxx) à força, para poder ajudá-lo a reconhecer 3 malfeitores. Feito isso, Django pede um favor a Kurtz: recuperar a sua esposa, que está nas mãos de Calvin (Leonardo diCaprio), um rico fazendeiro escravista de Missisipi. Samuel L. Jackson está fantástico, e é um absurdo seu nome não constar nas indicaçoes a Oscar de coadjuvante, ele está irreconhecível como um escravo idoso filho da puta, totalmente de sangue "branco". Tarantino faz uma aparição antológica, alias gordo e com cara de tia Velha. Outra cena hilária e memorável é a discussão de membros de Klu Klux Khan sobre os buracos dos olhos das máscaras que usam para poderem se difarçar. Jonah Hill faz uma ponta nessa cena. Apesar de ter gostado bastante do filme e achar que a homenagem ao cinema de Sergio Leone é emocionante ( usando zoom, trilha de Morricone, Franco Nero no elenco), desejo que seu próximo filme saia dessa onda de reverenciar o cinema de outros. Está mais do que na hora de Tarantino criar o seu mundo sem citar o cinema de outros. Alguns personagens , eu senti que poderiam ter sido melhor explorados, como por ex, a da irmã de Calvin.
Nota: 9
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