segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sete psicopatas e um shih Tzu

"Seven psycopaths", de Martin McDonagh (2012)
Cineasta inglês, contemporâneo de Guy Ritchie e mesmo diretor do ótimo "Na mira do chefe", Martin McDonagh bebeu e muito na fonte de Tarantino ao realizar esse filme aqui. Já no prólogo inciial, temos aquela cena que dura uns 10 minutos, de 2 tipos estranhos falando sobre um assunto banal, e de repente, pimba! Lá vem adrenalina. O filme narra a história de Marty ( Colin Farrell), roteirista de cinema que se encontra em um momento totalmente sem inspiração. Morando em Los Angeles, ele tem como amigo Billy (Sam Rockwell), um ator desempregado que resolve ajuda-lo a se inspirar para escrever um roteiro que se chamará "Sete psicopatas". No caminho dos dois, muitos personagens irão surgir, entre eles, o mafioso Charlie, que quer mataa-los, por terem sequestrado o cachorro Shih Tzu dele. McDonagh, também roteirista, reuniu em seu filme um mega time de estrelas. Muitos deles, aparecem em apenas uma única cena, tipo a Gabourey Sidibe (Preciosa), Olga Kurilyenko, Michael Pitt, Harry dean Stanton, Tom Waits, etc. Christopher Walken e Woody Herrilson estão fantásticos. em seus tipos psicóticos. Aliás, um dos grandes baratos do roteiro é reunir em um único filme, todas as formas de psicopatas violentos que possam existir. O problema do filme no entanto, é a sua falta de foco. Na primeira parte, ele funciona muitíssimo bem, mais parecendo uma montanha -russa por conta de tantas sandices que vão surgindo na trama, cada vez mais surrealista e absorvida de humor negro. Daí, do meio em diante, o filme acontece numa locação no deserto californiano. Aí reside o problema: o filme vai se tornando melancólico, e puxando pro dramalhão. Parece que estamos vendo outro filme, faltou unidade. Acredito que a melhor forma de assimilar esse filme é abstraindo qualquer tipo de lógica na narrativa , e se deixar levar por uma fábula que brinca de fazer cinema. Essa aliás me pareceu a mensagem final: o cinema subverte, recria a realidade, provoca sonhos. Tarantino aprovaria o banho de sangue desse filme. Nota: 7

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