quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dance party, USA

de Aaron Katz (2006)
Imaginem um filme no formato do movimento Dogma, realizado por Gus Van sant ou Larry Clark, dois cineastas que falam a linguagem dos adolescentes. Pois é, assim é "Dance party, USA". O filme é um dos expoentes do movimento cinematográfico denominado "Mumblecore". Para quem não sabe, o movimento nasceu em 2002, entre um grupo de amigos cineastas americanos, que trabalhavam com o cinema independente. A diferença é que aqui, os amigos trabalham em conjunto, tanto na frente quanto atrás das câmeras, e o orçamento é ínfimo. Esse aqui por exemplo, custou U$ 3.000,00. Geralmente se utilizam de atores não profissionais, e os temas giram em torno da crise emocional dos jovens. No feriado de 4 de julho, um grupo de amigos vai comemorar em uma festa típica de adolescentes, onde rola muita droga, sexo e rock'n roll. Gus, um garoto que se vangloria de ser o comedor, conhece Jessica. Ambos são apáticos, não têm muito papo, mas sentem um clima entre eles. Gus confidencia um fato que rolou em seu passado, o que emciona Jessica. O filme é assim, extremamente simples, quase em estilo documental. A impressão que se dá é que o diretor ligou a c6amera e deixou gravando. Por isso a improvisação, as cenas longas, os silêncios. Gus e seu melhor amigo Bill parecem uma versão carne e osso de "Beavis and Butthead". Uma crítica interessante do filme é a total alienação dos jovens, que não conseguem segurar uma conversa com mais do que 5 palavras, e o total descaso com tudo o que os cerca. Um filme interessante, que exala frescor, apesar de não ter muito o que dizer. Mas a cena final, do casal tirando foto em uma lambe-lambe no parque de diversões, é um primor. Vale o filme todo. O elenco é convincente, nem parece que estão interpretando, tal o realismo das performances. Nota: 7

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