quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Hitchcock

de Sacha Gervasi (2012)
Que filme delicioso, esse "Hitchcock". Talvez por eu ser um apaixonado por filme que usam o cinema como seu tema central. O filme explora o processo de realização do filme "Psicose", em todas as suas etapas: compra dos direitos do livro, briga com o Presidente da Paramount, que não queria realizar o filme, por considerá-lo inapropriado pelo seu teor de violencia; briga com os censores, que queriam cortar várias cenas do filme. briga com os atores e o mal-estar entre eles e o Diretor; financioamento, hipotecando sua casa para poder investir no filme; e a tensão perante a reação do público, se iria gostar ou não. Mas o outro grande foco do filme, é aturbulenta relação de Hitchcock com sua esposa, Alma, que descobrimos ser a grande mentora criativa de seus filmes. Ver os bastidores das filmagens, como foram realizadas cenas chaves do filme ( ex, a cena do chuveiro. Pelo filme, Hitchcock se irritou com o dublê que empunhava a faca, resolveu ele mesmo fazer a cena e Janet Leigh ficou tão apavorada que Hitchcock a apunhalasse de verdade, que seus gritos eram reais). O mega-elenco estelar está muito à vontade : Anthony Hopkins, sensacional; Helen Mirren, como Alma, brilhante como sempre, com seu fino humor inglês. Também temos Scarlett Johanson, Jessica Biel, James Darcy (Impressionante como Anthony Perkins, está a cara dele), Toni Colette, Ralph Macchio. O roteiro não é perfeito, tem alguns sub-plots que nao foram bem desenvolvidos ( ex, a piração de Hitchcock, imaginando um personage ficticio que o vive assombrando). Porém, os diálogos estão muito divertidos, muitos de duplo sentido, recheados daquela ironia que somente os ingleses têm. Muitas cenas antológicas: Alma dirigindo uma cena quando Hitch está doente em casa; e a cena final, quando Hitch pede inspiração para um próximo filme. Uma pena que esse filme tenha sido tão subestimado pelos críticos, público e pelo Oscar. Somente recebeu uma indicação de maquiagem, perfeita na caracterização de Anthony Hopkins, que deve ter ficado horas na sala de maquiagem. Pelo visto, os academicos não gostam de ser retratados de forma ironica nos filmes. Nota: 8

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