terça-feira, 8 de agosto de 2023

O país da pornochanchada

"O país da pornochanchada", de Adolfo Lachtermacher (2022) O cineasta carioca Saul Lachtermacher dirigiu a chanchada 'Com minha sogra em Paquetá", de 1960, com Dercy Gonçalves, e depois, já na ditadura, as pornochanchadas "O marido virgem", de 1974, e "Deixa amorzinho, deixa", de 1975. Nascido em 1925 no Rio de Janeiro, faleceu em 1982. Trabalhou como produtor em 'O ABc do amor", de Eduardo Coutinho, e "Toda nudez será castigada", de Arnaldo Jabor. O seu filho documentarista Adolfo Lachtermacher decidiu fazer um filme sobre a memória de seu pai e de seus filmes, e tendo como pano de fundo, uma crítica ao Governo de Bolsonaro, associado à ditadura que coamndou por décadas o pais. Tendo entrevistados o presidente da Cinametaca do Mam, Hernani Heffner, que faz uma defesa da pornochanchada, e da atriz Sandra Barsotti, que estrelou os filmes dos anos 70, o filme se diferencia de outro documentário, "Histórias que nosso cinema não contava", de 2017. Lá, o gênero da pornochachada era visto como uma cr;itica feroz ao conservadorismo da ditadura, enquanto que aqui, o registro da memória afetiva de um filho para seu pai, que busca contornar as problemáticas dos filmes da pornochanchada aos olhos de hoje em dia. Sim, os filmes era machistas e repletos de lição de moral, mas era oura época, onde o assédio era permitido. Ainda assim, o filme apresneta momentos ond euma lufada d efeminismo, mesmo que breve, surge, tanto na personagem de Dercy Gonçalves, quanto de Maria Lucia Dahl, que evita os avanços do sedutor interpretado por Ney Latorraca. Outro ponto que o filme toca é que atrizes globais como Vera Fisher e Sonia Braga foram abraçadas pela grand emídia por conta do enorme sucesso nos filmes eróticos. O filme foi produzido pela Cavídeo e concorreu no Festival do Rio 2022.

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