quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Asteroid city

"Asteroid city", de Wes Anderson (2023) Ultimamente, assistir a um filme de Wes Anderson acabou sendo mais uma celebração e um desejo de querer ficar boquiaberto com a estética visual dos seus filmes e também ver a enorme constelação de atores que aparecem a cada minuto, do que propriamente pelo roteiro. Em seu último filme, "A crônica francesa", eu já havia ficado bastante cansado, e nesse "Asteroid city", a sensação foi a mesma. Comecei super empolgado, ri algumas vezes pela já conhecida apatia dos personagens e das situações bizarras. Mas logo o filme foi ficando arrastado, sem graça, repetitivo e gratuitamente querendo criar elementos surreais, como a nave espacial e o alienígena. Ao final da projeção, fiquei esperando aparecer Bill Murray e me surpreendi que ele não aparece no filme. Fui pesquisar e entendi: ele contraiu covid na época, e foi substituído por Steve Carrel. É a primeira participação de Tom Hanks no filme, mas o restante do elenco é o habitual de sempre: Adrien Brody, Fisher Stevens, Tilda Swinton, Bob Balaban, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Scarlett Johansson, Edward Norton, Jason Schwartzmann, Liev Schreiber, Jeffrey Wright, Seu Jorge, além de Margot Robbie, Hong Chau, Bryan Cranston e Matt Dillon. O filme foi rodado na comunidade de Chinchón, Madri, e teve todo o seu cenário construído em um impressionante visual, a cargo do seu fotógrafo habitual, Robert D. Yeoman, seu production designer Adam Stockhausen e seu compositor Alexandre Desplat. A história acontece em 1955, mesclando teatro e a sua representação de um texto escrito sobre uma cidade fictícia, Asteroid city, que teve esse nome por conta de um asteroid que caiu ali. Em uma convenção que reúne pais e seus. filhos super dotados, Asteroid city , cidade de 87 moradores, se torna um evento circense. Mas a chegada de uma nave espacial e um alienígena muda o rumo de tudo, fazendo com que todos fiquem em quarentena. Obviamente o contexto da pandemia teve inspiração no lockdown. Mas o filme arrebeta visualmente, porém dramaturgicamente, ficou com poucos atrativos para o público, pela frieza da história e a complexa estrutura que une teatro e cinema.

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