domingo, 13 de agosto de 2023

Duas passagens para a Grécia

"Two tickets to Greece", de Marc Fitoussi (2022) Ah, como eu adoraria filmar um remake dessa incrível comédia dramática!!!! Me fez lembrar muito de "Shirley Valentine", clássico feminino sobre uma mulher que está na meia idade, que perdeu totalmente a alegria e vive no automático, e subitamente, sua vida dá uma guinada quando ela faz uma viagem à Grécia. Mas "Duas passagens para Grécia" é mais do que isso: é uma história sobre amizade perdida, sobre nostalgia, sobre segredos, sobre redescobrir a vida através do olhar de pessoas próximas. Um hino à vida e à Disco music como terapia e os felizes anos 70 e 80, o filme me fez rir bastante e também me fez emocionar com essas 3 personagens tão brilhantemente retratadas por 3 grandes atrizes: Laure Calamy, uma das melhores atrizes francesas, protagonista dos drama sintensos "Contratempos", "Angry Anne", "Uma mulher do século"; Olivia Coté, que lembra demais Ingrid Guimarães; e a britânica Kristin Scott Thomas, sempre uma luz nas participações que faz nos filmes franceses. Blandine (Olivia Cote) mora com seu filho adolescente, Benjamim (Alexandre Desrousseaux). Ela é técnica em radiografia e está deprimida pelo abandono de seu marido, que se casou com uma mulher mais jovem. Quando seu filho limpa a garagem, encontra um cd com a trilha do filme "Imensidão azul", de Luc Besson, e vê que pertence à Magalie Guraileres (Laure Calamy), que foi a melhor amiga de sua mãe na adolescência, mas se separaram com o tempo. Benjamin, sem que a mãe saiba, marca um encontro para elas em um restaurante. Blandine, que é série e toda introvertida, se assusta com Magalie, que é o oposto dela: sexualizada, extrovertida, falante. Após esse encontro, Blandine deseja não mais ver Magalie, mas descobre que seu filho decidiu não ir mais para a viagem à Grécia com a mãe e em seu lugar, convidou Magalie. Elas decidem ir então a ilha de Amorgos, onde foi filmado "Imensidão azul", mas perdem o rumo e acabam parando em outras 2 ilhas: Kerynos e Mykonos, onde Blandine conhece uma amiga de Magalie, Bijou (Thomas), uma artista plástica, tão iluminada quanto Magalie. A cena de Blandine vendo Magalie dançando disco music e vendo a amiga na versão adolscente é antológica, uma lindeza. O desfecho é bem emocionante, e toda a trilha disco é uma delícia. Um filme para elevar a alma. E o desejo de querer viajar para a Grécia imediatamente.

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