quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
My small land
"Mai sumoru rando", de Emma Kawawada (2021)
Longa de estréia da roteirista e diretora japonesa Emma Kawwawada, que já foi assistente de direção do consagrado Koreeda. Isso explica a semelhança entre o tema dos filmes de Koreeda, principalmente "Ninguém pode saber": são filmes que falam sobre famílias desestruturadas. O filme recebeu prêmio especial no Festival de Berlim 2021, o de Anistia.
A história do filme gira em torno de Sarya (Lina Arashi), de 16 anos, uma refugiada curda no Japão. No início, a vida de Sarya está ótima: ela tem notas boas na escola, tem muiutoas amigas e no trabalho da loja de conveniências o patrão a elogia, além de flertar levemente com o sobrinho dele. No entanto, quando o governo do Japão rejeita o pedido de refúgio de seu pai, Sarya passa sentir na pele a rejeição: todos a olham diferente, pois os vistos de todos foram cancelados. Elaa e seus dois irmãos menores não podeme studar, não podem trabalhar nem sair da cidade. Para piorar a situação, o pai de Sarya é preso por emprego ilegal. Isso força Sarya a cuidar de seus irmãos mais novos. Ela ainda sofre pressão da comunidade curda, que quer que ela se case com um dos rapazes do grupo.
Fui pesquisar sobre a presença de curdos no Japão: Hoje, cerca de 2.000 curdos vivem na área da Grande Tóquio. A maioria é originária do sul da Turquia, onde a discriminação e os confrontos armados levaram os curdos étnicos a fugirem para outros lugares. Embora muitos curdos no Japão falem japonês fluentemente e não conheçam outro lar , eles geralmente têm problemas para obter status de residência legal e serem aceitos por outros japoneses.
A atriz Lina Arashi, no papel de Sarya, está excelente. O filme todo vai em cima dela, que precisa se desdobrar em muitas emoções. Impressionante o quanto ela e todos os outros curdos do elenco falam bem japon6es e adquiriram corporalmente todos os hábitos culturais. Um bom filme, lento, triste, mas curioso.
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