segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
Cassiopéia
"Cassiopéia", de Clóvis Vieira (1996)
Os bastidores da produção da primeira animação brasileira toda realizada em CGI ficaram muito mais famosas do que o filme em si.
A produção começou em 1992, mas somente foi finalizada em 1996. Durante esse período, o animador Clovis Vieira conseguiu apoio financeiro do dono de um restaurante e de uma produtora, Nello de Rossi. Depois o Governo de São Paulo ajudou no investimento, ao custo total de orçamento de 1,5 milhão de reais. Faltando apenas 6 meses para a conclusão do filme os estúdios da NDR foram invadidos e alguns CDs que arquivavam alguns processos já feitos de Cassiopeia foram roubados, obrigando a produtora a refazer diversas cenas, acarretando posteriormente o atraso de seu lançamento. A distribuidora Playarte lançou o filme no dia da estréia das Olimpíadas de 1996. e a mídia toda estava voltada pro evento esportivo. O filme acabou sendo um enorme fracasso de bilheteria.
A história é bem simples, e é uma colcha de retalhos de clássicos da ficção científica, como "Star wars"e 'Star Trek". Na constelação de Cassiopéia, no Planeta Atenéia, todos vivem em paz. Mas invasores atacam o planeta, na intenção de drenar toda sua energia vital. Desesperada, a princesa Lisa envia sinais de socorro pelo espaço. Chip e Chop recebem o pedido e, com a ajuda de Galileu e Leonardo, partem para salvar Atenéia.
O filme na época do lançamento competiu com "Toy story", também lançado em 1996, ao título de primeira animação 100% realizada em CGI. O filme da Pixar levou o título, o que é contestado pelo fato de terem feito bonecos filmados e depois trabalhado em rotoscopia para converter para animação. De qualquer forma, o filme, visto hoje em dia, ficou muito datado: sem ritmo, personagens sem carisma e sem personalidade visual ( são todos robôs, cada um com uma cor, tipo "Telletubies') e nem saem da nave espacial. Os diálogos são confusos e complexos pra garotada e a trilha sonora onipresente cansa.
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