sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
A filha eterna
"The eternal daughter", de Joanna Hogg (2022)
A roteirista e cineasta inglesa Joanna Hoggs ficou famosa no circuito cinéfilo pelos premiados dramas 'Souvenir" e "Souvenir 2", ambos protagonizados por Honor Swinton Byrne, filha da atriz Tilda Swinton. Os filmes tinham um caráter semi-autobiográfico e mostravam uma jovem aspirante a cineasta. Em 'The eternal daughter", novamente a protagonista é uma cineasta, só que agora, interpretada por Tilda Swinton. A protagonista está em crise tanto pessoal,, no relacionamento com sua mãe, Rosalind (também Tilda Swinton), quanto profissional: ela precisa fazer um retiro e poder escrever um roteiro. Julie Hart e sua mãe, Rosalind, chegam a um hotel para passar um fim de semana juntas. O hotel costumava ser a propriedade da tia de Rosalind, onde ela passava tanto tempo quando criança quanto adulta. É um lugar cheio de memórias, que começam a voltar quanto mais tempo Rosalind passa lá. Julie tenta arrancar essas memórias de sua mãe em um esforço para entendê-la melhor. Ela também está trabalhando em um filme sobre ela e Rosalind, o que a leva a confrontar suas próprias emoções sobre o relacionamento deles. Ambas são as únicas hóspedes do local, e são maltratadas pela recepcionista. Julie passa a escutar sons estranhos de noite, e a perceber estranhezas no local.
Com um ritmo extremamente lento, o filme acaba cansando demais, até pela falta de um roteiro com mais ações. O filme inteiro é um reflexo da relação mãe e filha, mas apresentada de uma forma muito cansativa. Confesso que não curti Tilda Swinton fazer os dois papéis, mas no desfecho se justifica tal escolha criativa. O que o filme tem de bom é a ótima fotografia de Ed Rutherford, realçando uma atmosfera gótica, fantasmagórica aos ambientes. Pena que o filme não tenha apostado no suspense e ficou apenas nas sugestões.
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