domingo, 11 de dezembro de 2022
A faca na água
"Nóz w wodzie", de Roman Polanski (1962)
Indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 1962 e vencedor do prêmio Fipresci no Festival de Berlim, "A faca na água" é a estréia do roteirista e cineasta Roman Polanski na direção de longas.
Dono de uma filmografia impecável, repleta de obras-primas como 'Repulsa ao sexo", 'Chunatown", "Armadilha do detsino", "O bebê de Rosemary", "O pianista", entre outros, Polanski começou em 'A faca na água" a exercitar o que mais gosta: psicologia de personagens em situaçõe slimites. Com um roteiro escrito por seis mãos, junto dos cineastas Jakub Goldberg e Jerzy Skolimowski, "A faca na água" é o único filme falado em polonês de sua carreira, que logo se tornou internacional. Rodado em baixo orçamento e com uma ousadia por filmar em situações complexas como o alto mar, um veleiro apertado e no pântano, Polanski faz um filme clasutrofóbico onde apresenta a tensão entre 3 personagens, um casal e um jovem estranho.
Andrzej e Krystyna, marido e mulher, estão a caminho da marina quando um jovem mochileiro aparece no meio da estrada e os dois quase o atropelam. Ele precisa de uma carona até a próxima cidade e, no fim das contas, convidam-no a ir passar o dia velejando com o casal em seu iate. Durante o passeio, Amdrzej percebe que o rapaz está seduzido por sua mulher, e passa a provocar e humilhar o jovem.
O filme inaurugou a cena clássica da faca fazendo um uni duni tê pela mão aberta, deixando o espectador aflito. Os atores têm ótimas expressões, mas o grande chamariz do filme é a brilhante fotografia e câmera de Jerzy Lipman, trazendo uma linguagem que remete ao cinema russo dos anos 60, com enquadramentos e ângulos experimentais e belíssimos. Não é o melhor Polanski, ma scertamente, é um filme corajoso.
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