sábado, 5 de outubro de 2019

A hora do Lobo

“The wolf hou”, de Allistair Banks Griffin (2019) Uma das grandes obras primas do cineasta sueco Ingmar Bergman se chama “ A hora do Lobo”. O roteirista e cineasta americano Allistair Banks Griffin usou o mesmo título do filme para criar o seu suspense psicológico incensado pelos críticos e que entrou na Competição de Sundance 2019. Protagonizado por Naomi Watts, o filme tem a mesma estrutura do filme de Bergman, mas com uma diferença espacial: ao invés da Ilha, estamos trancafiados em um apartamento do Bronx de 1977. A claustrofobia, os personagens que surgem para aterrorizar, todo esse universo de filme de terror é uma referência do filme sueco. Naomi interpreta June, uma escritora que fez muito sucesso com seu livro de estreia, com elementos autobiográficos sobre sua família. Mas um trágicas evento derivado do livro a faz se tornar uma pessoa depressiva e querer se isolar do mundo. Ela mora em Um minúsculo apartamento na região mais perigosa de Nova York, assolada por um serial Killer que anda matando mulheres fisicamente semelhantes à June. June tem agorafobia: ela não sai de casa, está em um processo de depressão que a impede de falar com as pessoas. Um estranho toca seu interfone constantemente e ameaça a solidão de June. “A hora do Lobo” não é um filme fácil de se assistir. A depressão é ampliada não somente na história, mas no visual, na atmosfera, na fotografia escura, no apartamento fétido, nas ruas ameaçadoras e na constante ameaça de um serial Killer. Mais do que um filme de suspense, “ A hora do Lobo” é uma reflexão sobre a depressão profunda. Naomi está brilhante e ela nunca precisou provar a sua versatilidade e talento. A direção de Allistair é boa mas ele procura o tempo todo enganar o espectador querendo apresentar um filme que acaba não sendo. Assista por Naomi.

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