sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Brinquedo assassino
“Child's play”, de Lars Klevberg (2019)
Dirigido pelo cineasta norueguês Lars Klevberg, que dirigiu o excelente curta de terror “Polaroid”, depois transformado em um fraco longa chamado “Morte instantânea”. Esqueçam o vodu e o espirito do serial killer que invadiu o corpo do boneco Chucky nos filmes anteriores. Chucky agora cria vida por conta de um funcionário de uma fábrica que produz a série de bonecos super inteligentes e high tech ‘Buddi”. O funcionário, um vietnamita, é demitido e como vingança, sabota os comandos do boneco, tornando-o violento. O boneco acaba nas mãos de Andy, um menino que mora com sua mãe solteira, Karen. Ela trabalha em uma loja de brinquedos e decide dar o boneco para Andy. Logo Chucky e Andy tornam-se amigos. Mas Chucky leva o termo “amizade” muito a sério, e assim, começa a eliminar todos mundo que interfere na relação dos dois.
Esse remake ignora totalmente os filmes anteriores. O boneco aqui não tem a ironia nem o humor negro dos outros filmes. Aqui ele é dublado por Mark Hamill!!!!!!, isso mesmo, o Luke Skywalker de ‘Star Wars”. Mas o filme investe em uma dramaturgia mais atual e que faz sucesso com a garotada: Andy agora não age sozinho. Assim como em “Stranger things” e “It”, ele agora tem uma turma. Claro que todos têm problemas com seus pais. E claro que todos são nerds. A violência aqui também é bastante explorada, em cenas bem explícitas, onde rolam cortador de grama, serra elétrica e claro, facas e mais facas. Existe também um elemento bem ‘Black mirror” no filme, já que Chucky é produto da tecnologia e ainda vem com um aplicativo para baixar no celular. Os atores jovens são todos ótimos, e como não poderiam deixar de ser, são um microcosmo do bullying: o gordinho, o negro e a menina independente. Algumas cenas são bem divertidas e assustadoras, como a do amante da mãe de Andy e a da loja no final.
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