sábado, 23 de setembro de 2017

Três é demais

"Rushmore", de Wes Anderson(1998) 2o longa dirigido por Wes Anderson, em 1998 ( seu 1o filme se chama "Pura adrenalina", de 1996), é uma deliciosa dramédia ambientada nos anos 90 em Rushmore. Com um extraordinário trabalho do trio de atores principais ( Jason Schwartzman, na época com 18 anos e interpretando um garoto de 15; Bill Murray e Olivia Willians), o filme tem como tema o Amor e a responsabilidade que a vida e a idade impõem para o ser humano. Jason interpreta Max Fischer, um estudante criativo e inteligente que ingressou no prestigiado colégio Rushmore por conta de uma bolsa que ele ganhou ao escrever uma peça de teatro. No entanto, ele é um péssimo aluno. Ele coordena todas as atividades extra-curriculares que envolvem Arte e criação, inclusive escreve e dirige peças estudantis. Ele fica amigo de Herman (Murray), milionário, pai de 2 alunos que praticam bullying em Max o tempo todo. Herman enxerga em Max o jovem que ele sempre quiz ser: irresponsável, impulsivo, verdadeiro. Um dia, por um acaso, Max conhece a professora Rosemary (Willians), mas velha do que ele. Ela é viúva, e ele tenta de tudo para fazer ela entender que ele está apaixonado por ela. Mas ela acaba se apaixonando por Herman. O grande barato e a maior das delicias desse filme é ver o quanto Herman e Max são idênticos em postura, apesar da idade. Herman é uma projeção de Max, quando ele estiver mais velho e tiver perdido a sua ingenuidade e amor pela vida. Com uma trilha sonora matadora, a fotografia do eterno parceiro Robert D. Yeoman, Anderson já demonstrava total maturidade e os códigos que futuramente fariam os seus filmes serem cultuados pelos fãs: o rigor com a simetria, as panorâmicas, os tilts, e principalmente, aquele humor patético, extraindo o desastre que é o ser humano nos relacionamentos. Pasmo como nunca havia assistido a esse filme antes.

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