sábado, 2 de setembro de 2017

Amor eterno

"Eternité", de Tran Anh Hung (2016) Nenhum filme que tenha 4 dos maiores astros franceses da atualidade (Audrey Tautou, Berenice Bejo, Melanie Laurent e Jeremie Renier), que tenha sido dirigido pelo Cineasta vietnamita mais famoso do mundo ( realizador de "O cheio da papaya verde") e fotografado pelo celebrado fotografo chinês Lee Ping Bin, de "Amor `a flor da pele', de Wong Kar Wai, pode passar incólume. Adaptado da novela de Alice Ferney, o filme é um álbum de família aberto ao espectador. O filme engloba 3 gerações de uma família de aristocratas na Franca, começando no Séc XVIII. O roteiro do filme é bastante singelo, e muito do filme é narrado em voz off. Senti muita influencia do Cinema de Terrence Malick, com exceção da câmera virtuosa do fotografo Emmanuel Lubezky. Uma narração que enaltece a beleza da vida, da natureza, dos fantasmas do passado, da morte sempre presente. O filme basicamente é isso: As pessoas nascem, crescem, morrem. A única personagem que vai do início ao fim é o de Valentine (Audrey Tautou), que vai de uma jovem de 17 anos até uma idosa (e com aquela pesada maquiagem de envelhecimento, que eu tenho pavor!!). O próprio poster do filme já pega referencia no Pôster de "Arvore da vida", de Malick. Tran Anh Hung filma com muita sensibilidade e delicadeza essa história de mulheres, e é inegável a força da Mulher para a trajetória dessa família. Os atores quase não tem fala, pois mais de 80% do filme é narrado em Off por uma voz off feminina. Parece até um filme mudo, ao som de Bach e Debussy. Curiosidade: o titulo nacional, "Amor eterno", é muito semelhante a "Eterno Amor", de Jean Pierre Jeunet, também com Audrey Tautou.

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