quinta-feira, 8 de junho de 2017

Tal mãe, tal filha

"Telle mère, telle fille", de Noémie Saglio (2017) Roteirista da divertida come´dia "Beijei uma garota", Noémie Saglio se aventura novamente na comédia romântica, mas dessa vez, assumindo a direção. Com a tarefa de conduzir a diva Juliette Binoche em um filme de gênero, Noémie Saglio tenta, mas o resultado, é apenas um filme morno e sem ritmo, com direito a algumas poucas boas piadas e um amontoado de situações que não fizeram muita graça, com piadas até de mau gosto. Juliette interpreta Mado, quase 50 anos, e mãe da trintona Avril (Camille Cottin). Mado está desempregada, divorciada do marido, o famoso Maestro Marc (Lambert Wilson) e mora com a sua filha e seu genro. Avril anuncia que está grávida, o que irrita profundamente Mado, que não desejava ser avó tão jovem. Para piorar a situação, Mado transa com seu ex e acaba ficando grávida também, mas esconde de sua filha quem é o pai do bebe. Tecnicamente, o filme é bem produzido: fotografia colorida, trilha sonora fofa. A edição que corre frouxa, mantendo uma narrativa sem ritmo. O elenco todo procura ficar antenado com o humor maluco do filme, que ora vai pro caricato, ora pro pastelão, ora pro nonsense. Tem um cachorro, que pertence a Marc, cujas gags remetem a de "Quem vai ficar com Mary"? Eu queria de verdade ter gostado do filme, mas não consegui. A personagem de Juliette é bastante carismática e ela está linda e jovial. Mas a personagem de sua filha é antipática e muito histérica, o que me incomodou.O que valeu a pena, foi constatar que Juliette Binoche ataca em todas as frentes, indo do cinema autoral ao mais puro cinema de entretenimento.

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