segunda-feira, 12 de junho de 2017

O passe

"The pass", de Ben A. Willians (2016) Nomeado para vários prêmios no prestigiado Festival inglês Bafta, "O passe" é uma adaptação da peça teatral de sucesso de mesmo nome, "The pass". A peça se baseia livremente na história do jogador de futebol inglês Justin Fashanu, que se tornou o 1o jogador da primeira divisão a declarar oficialmente a sua homossexualidade. Acuado e sofrendo bullying de todos os lados, Fashanu acabou se suicidando. O filme é dividido em 3 atos, todos ambientados em diferentes quartos de hotel e em épocas distintas. No 1o ato, ambientado em 2006, na Romênia, 2 jovens jogadores de um time de futebol dividem um quarto de hotel. Enquanto conversam sobre o universo típico do macho alfa, Jason (Russel Tovey) e Ade (Arinzé Kene) se olham diferente e, no meio de uma enorme farra, se beijam e se amam. 2o ato: 5 anos depois, Jason, já casado e com bastante sucesso na carreira, passa a noite com uma amante, sem saber que ela está com uma câmera escondida em sua bolsa. 3o ato: 5 anos depois, Jason e Ade se reencontram. Com ótimas atuações (Russel Tovey fez sucesso com o personagem Kevin, da série "Looking"), "The pass" não esconde a sua origem teatral e se torna bastante cansativo e sem ritmo. Limitado a espaços apertados ( os quartos de hotel), , o filme acaba se atendo aos diálogos e ao trabalho dos atores. Como o 1o ato quase todo se desenvolve em cima de uma linguagem que circunda o universo de futebol, para quem é leigo no assunto ( como eu), torna-se um enorme fardo. O 1o ato para mim foi o melhor, mais tenso e dramático, além de excitante. O filme tem de melhor a discussão dos temas da homofobia e da não aceitação da homossexualidade dentro do universo dos esportes.

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