sexta-feira, 9 de junho de 2017

A noite

"La noche", de Edgard Castro (2016) "A noite" é " Shame " em versão gay, mesclado `a trilogia de Andy Warhol, "Flesh", "Trash", "Heat" e acrescentado da estética e do sexo explicito de "Love", de Gaspar Noé. Aliás , sexo explicito existe aos borbotões aqui no filme. O cineasta, roteirista e ator Edgard Castro protagoniza essa história onde muito pouco se narra, mas muito se mostra. Edgard é um homem viciado em sexo e drogas. ele vaga nas noites de Buenos Aires em busca de sexo com garotos de programa, travestis, mulheres. Sexo sem culpa, sem freios. Nesse vale tudo da cultura hedonista, temos muitas cenas de orgias, clubes do sexo, povo cheirando pó, absolutamente cagando para o futuro. Nesse mundo não existe sexo seguro, e nem isso é uma preocupação. O filme é um verdadeiro tapa na cara da caretice que se instaurou no novo milênio. E' difícil aconselhar esse filme. Além do que, ele é longo, chato, entediante, assim como os filmes de Andy Warhol. Nada acontece de interessante. Um fruto do hiper naturalismo, como se a câmera estivesse escondida documentando tudo, e os personagens ( interpretados por não atores), não soubessem que estão sendo filmados. As cenas de sexo mostradas no filme são corajosas, mas nada excitantes, pois essa nem é a proposta do filme. O sexo é mostrado como uma necessidade, uma urgência para os personagens poderem se manter vivos. Melancólico, triste.

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