sábado, 24 de setembro de 2016
Camille outra vez
'Camille redouble", de Noémie Lvovsky (2012)
Grande sucesso de crítica e público na França em 2012, venceu o Prêmio de direção na Mostra paralela "Quinzena dos realizadores", do Festival de Cannes, além de ter sido indicado a 13 prêmios no Cesar, premiação da Academia de cinema francesa. O filme é escancaradamente uma quase refilmagem literal do cult de Coppola, "Peggy Sue, seu passado te condena", com uma atuação inesquecível de Kathlleen Turner. A cineasta e roteirista Noémie Lvovsky estréia na direção do longa com pé direito. O filme é simpático, mais maduro e realista que o filme de Coppola, mas o tema é o mesmo: uma mulher de meia idade, Camille, está para se separar de seu marido, que a traiu com uma mulher mais jovem. Atriz decadente, ela vai para uma festa de amigas da adolescência e bebe demais. Quando acorda, se vê em 1985, quando tinha 16 anos de idade. Camille aproveita para refazer as pazes com seus pais e mais: ao conhecer seu futuro marido, ela fica em dúvida se deve ou não ter um caso com ele, pai de sua futura filha.
Apesar dos acertos, o filme tem alguns problemas: é longo demais, com um ritmo bastante arrastado. A sua protagonista não tem o charme e carisma de Kathllenn Turner. Noémie Lvovsky é boa atriz, mas faltou uma mágica em sua atuação, que estivesse mais no tom fantasioso da trama. A trilha sonora é divertida, e a fotografia trabalha bem a diferença entre o presente e o passado.
É um filme bem sessão da tarde, não tão romântico como se esperava, mas dá para assistir na boa.
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