segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Olhos da justiça

"Secret in their eyes", de Bill Ray. Junte 2 atrizes vencedoras do Oscar, Julia Roberts e Nicole Kidman. Acrescente um nomeado ao Oscar de melhor Ator, Chiwetel Ejiofor. Adicione na produção executiva o Cineasta vencedor do Oscar de filme estrangeiro, Juan José Campanella. Aliás esse filme é uma refilmagem do Vencedor desse Oscar de filme estrangeiro, "O segredo de seus olhos". No meio de tanta estatueta, qual o resultado? Um morno drama de suspense com pitada de romance que fica aquém do original. De quem é a culpa? Não se sabe. Talvez exista mesmo aquilo que a gente chame de química no Cinema, aquela faísca que faz o espectador acreditar em tudo o que está rolando na tela grande. O filme, adaptado para Los Angeles, se passa em 2 épocas: A atual, e 13 anos atrás. No flashback, acompanhamos a históra de uma dupla de investigadores de elite da polícia, e a descoberta de um corpo que vem a ser a filha de uma das investigadoras. Nicole Kidman interpreta uma aspirante a Promotora, que tem uma paixão platônica pelo personagem de Chiwetel. O assassino é preso, mas imediatamente, solto. Todos traumatizados, passam-se os 13 anos. E agora, o criminoso foi localizado. O que fazer? O que o filme original tinha de extraordinário, era ser ambientado em uma período de ditadura militar que tinha tudo a ver com a vingança. Mas agora, adaptado à luz do pós 11 de setembro, fica tudo meio confuso, meio querendo cutucar, mas com medo de ser mais efusivo e explícito. Alguns temas afloram mais aqui no filme americano, principalmente no que tange ao machismo. Mas é pouco. Deveriam pensar duas vezes antes de fazerem refilmagem de filme onde o que mais provocou celeuma foi o seu desfecho. Uma vez sabendo do que acontece no final, perde-se totalmente a graça. Vide o recente "Oldboy", de Spike Lee. Julia Roberts se esforça em fazer um trabalho mais visceral, ficando praticamente sem maquiagem na tela, deixando-se ficar feia. Uma bela tentativa, sem dúvida. Pena que o filme não cresça em momento algum. Nota: 5

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