sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Macbeth: Ambição e poder

"Macbeth", de Justin Kurzel (2015) O cineasta australiano é o Diretor da adaptação cinematográfica de "Assassin's creed", também com Michael Fassbender, o Macbeth de sua versão para a tragédia de Shakespeare. Exibido na competição do Festival de Cannes 2015, o filme foi recebido com muita frieza pelos críticos. Na sessão que assisti no cinema, a platéia também recebeu com muito pouca empolgação esse verdadeiro show de estilização visual, que muito me lembrou "Melancolia", de Lars Von Triers, por conta da câmera lenta em super slow. Eu particularmente gostei bastante desse misto de teatro e coreografia da violência, repleta de imagens contruidas como se fossem pinturas em movimento tal a formalização dos enquadramentos e das marcações das pessoas na tela. Achei tudo muito bonito, e talvez tenha sido isso que afastou emocionalmente todo mundo do filme. Um show de fotografia, comandada por Adam Arkapaw, fotógrafo do seriado 'True detective" e do filme "reino animal". O elenco é um brilho eterno: Michael Fassbender e Marion Cotillard exploram com primor os seus personagens complexos, repletos de conflitos, ambição e vilania. O elenco secundário é formado pelo top do time inglês: Paddy Considine e David Thewlis são alguns dos que dão vigor ao filme. O filme é lento, subverte a história original de Shakesperare, o que irá provocar o terror dos puristas e principalmente, se utliiza do vocabulário original, ou seja, linguagem rebuscada de um inglês arcaico. Que ninguém espere a linguagem moderna de "Game of thrones". Aqui tudo é muito literário. "Macbeth" é um filme hermético, com uma embalagem de filme de ação e aventura. Para quem se permitir deixar levar pelo visual e pela narativa proposta do Diretor, bem provável que irá curtir. Nota: 8

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