domingo, 6 de dezembro de 2015

Delicatessen

"Delicatessen", de Jean Pierre Jeunet e Marc Caros (1991) De tempos em tempos, surge um filme de um Cineasta estreante que enche os olhos dos Cinéfilos e dos críticos. Um olhar difrenciado, uma estética única, um vigor que só encontramos nos grandes artistas. Foi assim, recentemente, com Wong Kar Wai, Wes Anderson, Peter Greenaway, Jim Jarmusch e para falar dos franceses, com Jean Pierre Jeunet. São raros os Cineastas e publicitários que não sofreram influência da estética desse realizador das cores fortes, dos tipos bizarros, das lentes grandes angulares e do preciosismo formal e estético. Grande apreciador das comédias baseadas em gags visuais e de comediantes que usam o corpo para contar uma piada, Jean Pierre Jeunet se apropria de filmes como "O jovem Frankenstein", "Meu tio" e outros para narrar essa fábula futurista e distópica sobre um mundo em decomposição. Nesse futuro, falta comida. A moeda agora é escambo com bens alimentícios, mas a carne não existe mais, e para isso, os humanos se tornam canibais. A sociedade é dividida entre Carnívoros e vegetarianos. Entre os carnívoros, está o açougueiro, que comenda um prédio com inquilinos mais bizarros do que ele. Um homem vem para pedir emprego, e ele será sua próxima presa. Mas a filha do açougueiro se apaixona j ele, e aí, tentam reverter o jogo. O filme é quase todo composto por sketches dos moradores cada um com uma história muito louca para ser contada. Varando entre gags visuais, sonoras ou faladas, Jeunet e Marc Caros constroem uma narrativa quase que de desenho animado. Ou seja, muita loucura correria, surrealismo e momentos lúdicos. Prepare-se para ver uma fotografia deslumbrante de Darius Kondji, uma trilha animal de Carlos D'Alessio e um Desenho de produção de Marc Caros impressionante. Um filme clássico, que revolucionou o cinema dos anos 90.

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